O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi transferido neste sábado (12) de Natal (RN) para Brasília, após ser hospitalizado com dores abdominais intensas causadas por uma obstrução intestinal. A condição está relacionada às complicações decorrentes do atentado a faca sofrido por Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018.
Bolsonaro estava no Rio Grande do Norte em uma agenda política quando começou a sentir fortes dores abdominais. Inicialmente, ele foi atendido em um hospital municipal em Santa Cruz e, posteriormente, transferido de helicóptero para o Hospital Rio Grande, em Natal. Os médicos relataram que o ex-presidente apresentou distensão abdominal e dores intensas, que diminuíram após o primeiro atendimento. Na ocasião, foi informado que, até o momento, não havia indicação de necessidade de cirurgia.
Apesar da melhora inicial, a família de Bolsonaro solicitou sua transferência para Brasília para continuidade do tratamento. A equipe médica informou que, embora ele estivesse estável e não necessitasse de cirurgia de emergência, procedimentos adicionais poderiam ser necessários dependendo de sua recuperação.
O médico pessoal de Bolsonaro, Dr. Antônio Luiz Macedo, que o acompanha desde o atentado de 2018, está monitorando o caso de perto. Em uma publicação nas redes sociais, Bolsonaro mencionou que, após tantos episódios semelhantes nos últimos anos, havia se acostumado com a dor e o desconforto, mas que desta vez até os médicos ficaram surpresos com a gravidade do quadro.
Imagens registradas por apoiadores e veículos de imprensa mostraram o comboio que transportou Bolsonaro do Hospital Rio Grande até o Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. O deslocamento ocorreu por volta das 18h, pela BR-101, sob escolta de viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) e ambulâncias. O comboio chamou a atenção de motoristas e curiosos ao longo do trajeto.
A transferência para Brasília ocorreu na tarde deste sábado, a bordo de uma aeronave médica. O ex-presidente seguirá sob observação, e a possibilidade de uma nova cirurgia será avaliada conforme a evolução de seu estado de saúde.