Pelo menos 32 pessoas morreram e 84 ficaram feridas, incluindo dez crianças, após mísseis russos atingirem a cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, na manhã deste domingo (13). O ataque ocorreu enquanto moradores participavam de cultos religiosos em celebração ao Domingo de Ramos.
De acordo com o prefeito de Sumy, Artem Kobzar, o bombardeio causou destruição significativa no centro da cidade, onde muitas pessoas estavam reunidas no momento da explosão.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que o ataque foi realizado com mísseis balísticos e reforçou o apelo por uma reação firme da comunidade internacional. “A Rússia busca exatamente esse tipo de terror e continua prolongando a guerra. Sem pressão sobre o agressor, a paz é impossível. Conversas não impedem mísseis balísticos e bombas. A Rússia deve ser tratada como o terrorista que é”, declarou.
Segundo autoridades ucranianas, dois mísseis balísticos foram disparados contra a área central da cidade, conforme relatou Volodymyr Artyukh, chefe da administração militar regional. “Havia muitas pessoas nas ruas no momento do ataque”, disse ele.
O bombardeio deste domingo ocorre em meio à intensificação dos ataques russos à região de Sumy nas últimas semanas. Moscou tem ampliado sua ofensiva, forçando as tropas ucranianas a recuar em áreas próximas à fronteira com Kursk e ocupando pequenos povoados dentro da região.
Líderes internacionais reagiram ao ataque. Kaja Kallas, chefe da política externa da União Europeia, classificou o episódio como “mais um exemplo horrível da escalada russa, mesmo após a Ucrânia aceitar um cessar-fogo incondicional”. Já o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que são necessárias “medidas fortes” para pressionar por um cessar-fogo.
O coordenador humanitário da ONU para a Ucrânia, Matthias Schmale, também condenou o bombardeio, destacando que o ataque a civis e infraestruturas não militares viola claramente o direito internacional.
Além de Sumy, outras regiões ucranianas também sofreram novos ataques nas últimas 24 horas. Em Donetsk, Kharkiv e Kherson, bombardeios russos deixaram ao menos oito mortos e 18 feridos.