Anvisa aprova registro definitivo da primeira vacina contra a chikungunya no Brasil

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (14) o registro definitivo da vacina contra a chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva. O imunizante poderá ser aplicado em pessoas com 18 anos ou mais.

A vacina foi testada nos Estados Unidos em cerca de 4 mil voluntários com idades entre 18 e 65 anos. De acordo com os dados do estudo clínico, 98,9% dos participantes desenvolveram anticorpos neutralizantes, que se mantiveram em níveis elevados por pelo menos seis meses. Os resultados foram divulgados na revista científica The Lancet em junho de 2023.

Esta é a primeira vacina aprovada para a prevenção da chikungunya. O imunizante já recebeu aval da FDA (Food and Drug Administration), dos Estados Unidos, e da EMA (European Medicines Agency), da União Europeia.

O governo de São Paulo, ao qual o Instituto Butantan é vinculado, informou que a aprovação da Anvisa representa um passo importante para a futura liberação de uma versão nacional da vacina. Essa formulação, com composição semelhante à da vacina aprovada, está sendo desenvolvida com parte do processo produtivo realizado no Brasil.

O objetivo é que o imunizante seja integrado às estratégias de saúde pública para o combate à doença.

A chikungunya é uma infecção viral transmitida por mosquitos Aedes aegypti, os mesmos que transmitem dengue e Zika. Os sintomas mais comuns são febre alta de início súbito (acima de 38,5°C) e dores intensas nas articulações das mãos e dos pés, além de dor de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele. Em alguns casos, os pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações.

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