Oficinas de vestuário localizadas no distrito de Panyu, em Guangzhou – região popularmente conhecida como “Vila Shein” por abrigar diversos fornecedores da gigante chinesa do fast fashion – estão encerrando suas atividades. O motivo é a recente decisão do governo dos Estados Unidos de revogar a isenção de impostos para remessas internacionais de pequeno valor.
A medida, que antes favorecia exportações diretas de produtos comprados por consumidores americanos em plataformas como a Shein, aumentou significativamente os custos para os fornecedores chineses. Sem o benefício tributário, muitos pequenos fabricantes que operavam em margens apertadas não conseguem mais manter a viabilidade financeira de seus negócios.
As ruas estreitas de Panyu, tradicionalmente movimentadas por costureiras, transportadores e comerciantes locais, começam agora a sentir os impactos da mudança. Oficinas que até pouco tempo atendiam à forte demanda do mercado norte-americano agora fecham as portas diante da queda nos pedidos e da elevação de custos logísticos e fiscais.
A nova política faz parte de um esforço dos Estados Unidos para reavaliar práticas de comércio internacional com a China, especialmente em setores como o de moda rápida, onde questões como concorrência, sustentabilidade e direitos trabalhistas estão cada vez mais em pauta.