O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), propôs ampliar o debate sobre as elevadas taxas de juros no Brasil, destacando os impactos negativos que essas taxas têm sobre diversos setores da economia. Ele enfatizou a necessidade de reunir diferentes atores para encontrar soluções que permitam a redução sustentável dos juros, beneficiando tanto consumidores quanto empresas.
Durante uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também reconheceu a importância de discutir alternativas para reduzir os custos do crédito no país. Ele mencionou a necessidade de reformas estruturais e a criação de instrumentos que ofereçam mais garantias, permitindo que os consumidores migrem de créditos de alto custo para opções mais acessíveis.
A proposta de Wagner ocorre em meio a debates sobre a PEC 79/2019, que visa limitar as taxas de juros cobradas por instituições financeiras a três vezes a taxa básica estabelecida pelo Banco Central. No entanto, essa proposta enfrenta resistência e está parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
O governo federal, por meio do Ministério da Fazenda, também tem manifestado preocupação com os efeitos das altas taxas de juros sobre o crescimento econômico. O ministro da Fazenda alertou que a manutenção de juros elevados pode ser contraproducente, reduzindo o crescimento do PIB para 2,5% em 2025.
A discussão sobre as taxas de juros no Brasil continua sendo um tema central na agenda econômica, com diferentes setores buscando soluções para equilibrar a necessidade de controle da inflação com o estímulo ao crescimento econômico e ao acesso ao crédito.