O presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL), desocupou a sala do diretor para acomodar o ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990–1992), preso na unidade desde a tarde de sexta-feira (25). A decisão foi tomada porque a direção da unidade avaliou que o espaço era o único que poderia atender às necessidades de saúde alegadas por Collor, conforme determinação da Justiça, sem a necessidade de adaptações estruturais.
Localizada no corredor administrativo, a sala destinada a Collor é maior que as celas comuns, equipada com ar-condicionado e banheiro privativo — condições que a administração considerou adequadas para o cumprimento da ordem judicial.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia solicitado que a unidade informasse se havia estrutura para atender às demandas médicas do ex-presidente. A defesa alegou que Collor sofre de Parkinson, apneia do sono e transtorno afetivo bipolar. No entanto, durante a audiência de custódia, o ex-presidente declarou que não possui doenças e não faz uso de medicamentos.
A defesa de Collor não comentou sobre as condições de encarceramento ao ser procurada pela imprensa.
A prisão de Collor foi determinada por Alexandre de Moraes na quinta-feira (24), após a rejeição do último recurso da defesa para revisar a dosimetria da pena. O ex-presidente foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção, no âmbito do escândalo envolvendo a BR Distribuidora.
Fonte: Poder 360