IOF, você sabe o que é? O imposto “invisível” que pesa no bolso do brasileiro

Você já parou para pensar por que um financiamento pode sair mais caro do que o valor do bem adquirido? O motivo, muitas vezes, está em uma sigla pouco falada, mas presente em diversas operações financeiras: o IOF — Imposto sobre Operações Financeiras.

Esse imposto é cobrado pelo Governo Federal sempre que alguém realiza movimentações como empréstimos, financiamentos, uso do cheque especial, compras internacionais com cartão de crédito, investimentos de curto prazo e operações de câmbio.

Apesar de muitas vezes passar despercebido, o IOF pode ter um peso considerável no custo final de uma transação. Um exemplo é o caso de André, que financiou um carro no valor de R$ 45 mil em 48 parcelas. Além dos juros cobrados pelo banco, ele pagou cerca de R$ 1.300 só de IOF — valor que foi embutido nas prestações sem que ele percebesse de imediato. “Eu sabia dos juros, mas não fazia ideia de que tinha um imposto extra. Só vi quando pedi o detalhamento do contrato”, contou.

Situações como essa são comuns, principalmente porque o IOF muitas vezes já vem embutido no contrato de forma automática. Ele também é aplicado em financiamentos de imóveis e em qualquer outra forma de crédito concedida por instituições financeiras.

Segundo especialistas, entender como o IOF funciona é essencial para evitar surpresas e planejar melhor o orçamento. “Esse imposto é legal, está previsto na legislação, mas muita gente só percebe depois de assinar o contrato. É importante perguntar ao banco ou à financeira qual é o valor do IOF e como ele impacta no total do financiamento”, alerta o consultor financeiro Paulo Mendes.

Além de servir para arrecadação, o IOF é uma ferramenta usada pelo governo para controlar o crédito e o consumo no país. A alíquota varia de acordo com o tipo de operação, o valor envolvido e o prazo.

A dica é simples: antes de assinar qualquer contrato de financiamento ou empréstimo, peça todas as informações detalhadas, inclusive sobre os tributos cobrados. Conhecimento é a chave para evitar endividamentos desnecessários e manter as contas em dia.

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