Camisa vermelha da Seleção causa primeiro embate entre Samir Xaud e Nike na CBF

A polêmica camisa vermelha da Seleção Brasileira, que gerou controvérsia em abril, rendeu o primeiro grande embate para Samir Xaud à frente da CBF. Um dia após assumir oficialmente a presidência da entidade, há cerca de três semanas, Xaud foi surpreendido com a notícia de que o modelo vermelho estava em plena produção — e seria o segundo uniforme do Brasil na Copa do Mundo de 2026.

A revelação aconteceu durante uma reunião com patrocinadores, incluindo representantes da Nike, fornecedora oficial dos uniformes da Seleção. Um diretor da CBF questionou o andamento da nova camisa e foi informado por um representante da marca que o modelo vermelho havia sido aprovado diretamente por Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da confederação.

A informação contrariava o que a própria CBF havia divulgado meses antes, quando, ainda sob a gestão de Ednaldo, publicou uma nota oficial garantindo que os uniformes tradicionais, nas cores amarela e azul, seriam mantidos.

Diante do impasse, Xaud reagiu com firmeza. Na manhã seguinte, convocou uma reunião de emergência com representantes da Nike nos Estados Unidos, por videoconferência, e exigiu a suspensão imediata da produção da camisa vermelha. O presidente fez questão de manter o tradicional uniforme azul como o segundo padrão da equipe.

A Nike acatou a decisão e deu início à elaboração de uma nova camisa azul para compor a coleção da Seleção que será usada no próximo ciclo de competições, incluindo a Copa do Mundo.

O episódio escancara a mudança de postura na CBF sob a nova gestão e mostra que, ao menos no quesito tradição, Samir Xaud pretende manter o controle e a identidade histórica da Seleção Brasileira.

Fonte: O Globo

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