Adolescente de 15 anos desenvolve infecção grave após uso diário de vape e tem pulmão drenado

Foto: Reprodução

A jovem Isabella Troncao, de 15 anos, moradora de Las Vegas (EUA), enfrentou uma infecção generalizada grave após usar vapes diariamente durante um ano e meio. Segundo a família, o hábito começou para impressionar o namorado, mas quase custou a vida da adolescente. Para salvá-la, os médicos precisaram drenar mais de um litro de líquido do pulmão.

O uso constante dos dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs) levou Isabella a desenvolver uma infecção na garganta que evoluiu para a síndrome de Lemierre — uma condição rara, mas extremamente perigosa, que provocou sepse (infecção generalizada).

A jovem vinha sentindo tosse e dor de garganta por dias, até que os sintomas pioraram subitamente: ela passou a ter dificuldades para respirar e apresentou febre alta, sendo levada de emergência ao hospital.

Os médicos diagnosticaram a síndrome de Lemierre, causada por uma infecção bacteriana que se origina na garganta e se espalha pelo corpo por meio da veia jugular interna. Essa condição pode atingir órgãos vitais, especialmente o sistema respiratório.

Segundo os profissionais de saúde, o uso frequente de vape pode ter enfraquecido o sistema imunológico de Isabella, acelerando o avanço da infecção.

“Ela estava em risco de morte. A luta foi intensa, com internações longas e uso de medicamentos específicos para conter a infecção”, relatou Francesca Lombardo, mãe da adolescente, por meio de uma campanha de arrecadação de fundos para custear o tratamento.

Isabella passou um mês internada devido aos coágulos formados em resposta à infecção, mas conseguiu recuperar totalmente a função pulmonar. Desde então, ela tem usado suas redes sociais para alertar sobre os perigos do cigarro eletrônico, especialmente entre os jovens.

Apesar da aparência inofensiva, os vapes são compostos por baterias, cartuchos com nicotina líquida, metais pesados e outras substâncias tóxicas. Especialistas alertam que esses produtos representam sérios riscos à saúde e podem ser ainda mais perigosos que os cigarros convencionais, especialmente para adolescentes.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) classifica os vapes como “ameaça à saúde pública”, e seu comércio é proibido no Brasil — embora o uso ainda seja comum entre jovens de 18 a 24 anos.

Isabella agora segue a vida como uma sobrevivente e porta-voz contra o uso de cigarros eletrônicos.

Fonte: Metrópoles

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