Alexandre de Morais manda prender Carla Zambelli após saída do país; deputada foi condenada a 10 anos por ataque hacker ao CNJ

Foto: Cleia Viana

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) após ela deixar o Brasil. A decisão foi motivada pela condenação da parlamentar a dez anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão forjado contra o próprio ministro Moraes.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva de Zambelli, argumentando que sua saída do país demonstra intenção de se furtar à aplicação da lei. O pedido inclui a inclusão do nome da deputada na lista vermelha da Interpol, suspensão do passaporte e comunicação aos países sobre sua situação.

Zambelli afirmou que deixou o Brasil por motivos de saúde e alegou ser alvo de “perseguição judicial”. Ela está atualmente nos Estados Unidos e planeja seguir para a Itália, onde possui cidadania. No entanto, especialistas explicam que, mesmo com passaporte italiano, ela pode ser presa no exterior e extraditada ao Brasil, caso seu nome seja incluído na lista da Interpol.

A deputada já havia tido seu passaporte apreendido em 2023, mas o documento foi posteriormente devolvido pelo STF. A investigação apontou que Zambelli teve papel central na invasão dos sistemas eletrônicos do CNJ e foi a autora intelectual do ataque hacker, em conjunto com Walter Delgatti Neto, também condenado pelo mesmo crime.

A situação de Zambelli pode se agravar caso a prisão preventiva seja efetivada e ela seja detida no exterior, o que dependerá da cooperação internacional e dos tratados de extradição vigentes.

Fonte: UOL

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