Alienação parental e omissão da Justiça: Pai realiza protesto pendurado em placa na Passarela da Ayrton Senna

Na manhã da última quarta-feira, 21 de maio, motoristas e pedestres que passavam pela Avenida Ayrton Senna, na altura da Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, se depararam com uma cena incomum: um homem pendurado em uma placa de sinalização da passarela. A ação, de grande risco, foi um protesto solitário e desesperado de um pai que afirma estar impedido de conviver com a filha há sete anos. O Corpo de Bombeiros foi acionado e fez o resgate com segurança.

O autor do protesto é Rafael, que carrega uma longa e dolorosa disputa judicial com a mãe da criança, identificada como Cristiane. Ele a acusa de alienação parental e de fazer uso de falsas denúncias para impedir sua aproximação da filha. Segundo ele, as medidas protetivas impostas com base nessas acusações o afastaram de momentos importantes na vida da menina, como o próprio aniversário dela, onde, segundo conta, não pôde comparecer a pedido da própria filha.

“Já fui acusado de todo tipo de crime. Mesmo com a Justiça reconhecendo indícios de alienação parental e me concedendo o direito de visitação, sempre que tento exercer esse direito, surgem novas denúncias. É como se eu estivesse preso a um ciclo de injustiça sem fim”, desabafou Rafael após ser resgatado.

O caso levanta um debate cada vez mais urgente sobre o uso indevido do sistema judicial, Rafael denuncia que as falsas acusações não apenas o afastam da filha, mas também geram prejuízos emocionais profundos à criança.

“As falsas denúncias prejudicam não só os pais, mas também as próprias mulheres que realmente precisam de proteção. Quando tudo vira denúncia, nada mais é levado a sério. O Judiciário precisa investigar com mais rigor e parar de fechar os olhos para esse tipo de manipulação”.

A manifestação chamou atenção para o que Rafael considera uma omissão grave da Justiça, que, segundo ele, tem sido lenta e permissiva diante da realidade vivida por muitos pais que buscam exercer sua paternidade de forma responsável e amorosa.

O caso de Rafael é apenas um entre milhares espalhados pelo Brasil. A cegueira do Judiciário diante do mau uso da lei não só evidencia uma grave omissão institucional, como também fere homens e crianças injustamente afastados, e contribui para a banalização das denúncias reais — colocando em risco a vida de mulheres que de fato precisam de proteção.

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