​Bruno Henrique é indiciado por suposta manipulação de cartão amarelo para beneficiar apostadores​

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de apostas esportivas. A investigação aponta que o jogador teria forçado a aplicação de um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023, com o objetivo de favorecer apostadores, incluindo familiares e pessoas próximas.​

De acordo com o relatório da PF, o esquema envolveu 14 apostas realizadas por nove pessoas, divididas em dois grupos: um composto por familiares do atleta e outro por indivíduos ligados ao irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Júnior. As apostas foram feitas entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro de 2023, período que antecedeu o confronto entre Flamengo e Santos.​

Entre os familiares, destacam-se a cunhada Ludymilla Araújo Lima, que obteve o maior lucro individual de R$ 1.425, e o irmão Wander, que apostou R$ 380,86 e teve um retorno de R$ 1.180,67. No grupo de amigos, um dos apostadores lucrou R$ 2.500. No total, os investigados apostaram R$ 5.642,58 e teriam lucrado R$ 11.364,43, caso os valores não tivessem sido bloqueados pelas casas de apostas devido a suspeitas de manipulação.​

As investigações revelaram trocas de mensagens entre Bruno Henrique e seu irmão, nas quais discutiam estratégias para a aplicação do cartão amarelo. Em uma das conversas, Wander questiona o jogador sobre quando ele receberia o terceiro cartão na competição, ao que Bruno Henrique responde: “Contra o Santos”. Em seguida, o irmão comenta: “Boua já vou guardar o dinheiro investimento com sucesso”.​

O Flamengo se manifestou por meio de nota oficial, afirmando que não foi comunicado oficialmente pelas autoridades sobre o caso e reiterando seu compromisso com o fair play esportivo. O clube também destacou a importância da presunção de inocência e do devido processo legal.​

Bruno Henrique ainda não se pronunciou publicamente sobre o indiciamento. O caso segue sob análise do Ministério Público Federal, que decidirá sobre a apresentação de denúncia à Justiça.​

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