O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, entregou seu pedido de demissão nesta quinta-feira (2), dias após a divulgação de um esquema de fraudes contra aposentados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão ocorre em meio à crescente pressão sobre a pasta após revelações de irregularidades que teriam prejudicado milhares de beneficiários do sistema previdenciário.

Lupi estava à frente do ministério desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023. Sua saída foi formalizada após uma reunião com o presidente no Palácio do Planalto. Apesar das suspeitas que envolvem o órgão, o agora ex-ministro negou qualquer envolvimento nas irregularidades.

“Meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações”, afirmou Lupi em publicação na rede social X (antigo Twitter). Ele reforçou que sua gestão colaborou integralmente com os órgãos de controle desde o início das apurações. “Todas as investigações contaram com o apoio da Previdência, com o meu apoio pessoal e com o suporte das instâncias de fiscalização do governo Lula”, escreveu.

As fraudes investigadas envolvem concessões irregulares de aposentadorias e benefícios, além do uso indevido de dados de segurados para obtenção de vantagens ilícitas. As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU).

Lupi encerrou sua nota defendendo a continuidade das apurações e a responsabilização dos envolvidos. “Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo brasileiro”, declarou.

A saída de Lupi representa a primeira baixa significativa no ministério da área social do governo Lula em 2025 e abre caminho para uma possível reformulação na condução da pasta, que tem papel central na gestão de políticas públicas voltadas a aposentados, pensionistas e demais segurados do INSS.

Fonte: UOL