Na manhã desta quarta-feira (30), forças de segurança do Estado cumpriram uma ordem judicial de prisão temporária contra um policial militar suspeito de ter efetuado o disparo que matou a jovem Bárbara Kelly Araújo do Nascimento, no último dia 12, na comunidade Passo da Pátria, zona Leste de Natal. A investigação do caso está sob responsabilidade da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Durante entrevista coletiva, o delegado titular da DHPP, Márcio Lemos, detalhou os avanços da apuração e afirmou que os suspeitos abordados por uma viatura da Polícia Militar não estavam armados, embora tenham corrido ao avistar os policiais. O tiro que atingiu Bárbara Kelly, segundo o delegado, foi disparado de um fuzil — arma que estava em posse do policial preso.
A operação da PM, realizada por quatro agentes, teve início de forma regular, segundo a investigação. No entanto, no decorrer da ação, foi constatado excesso por parte de um dos policiais, que efetuou disparos de fuzil em via pública, sem qualquer justificativa legal ou indício de confronto armado.
A conclusão da DHPP se baseia em um conjunto robusto de provas, incluindo depoimentos de testemunhas, laudos periciais e imagens de câmeras de segurança. Os elementos colhidos confirmam que não houve troca de tiros e que os indivíduos perseguidos não portavam armas. O disparo que tirou a vida de Bárbara Kelly foi considerado indevido.
A investigação segue em andamento para apurar outras possíveis responsabilidades. Paralelamente, a Polícia Militar conduz um Inquérito Policial Militar (IPM) para analisar a conduta dos demais agentes envolvidos na ocorrência.
Fonte: 96FM