Responsável pela investigação da morte de Luyz Ronaldo Carvalho Bezerra, de 11 anos, o delegado Valério Kürten apresentou novidades sobre o caso nesta sexta-feira (6). Segundo a Polícia Civil, o menino caiu de uma van escolar em movimento, no município de Carnaubais (RN), após uma “brincadeira” em que teria saído do veículo pela janela.
Apesar de a queda ter sido provocada pela própria vítima, o motorista da van será indiciado por homicídio culposo — quando não há intenção de matar —, já que ele não possuía habilitação para conduzir transporte escolar.
Durante a investigação, o delegado refez o trajeto do veículo e ouviu outras crianças que usavam o transporte escolar. Duas meninas relataram que era comum algumas crianças saírem pela janela da van, ainda em movimento, para acessar uma escada externa do veículo.
Ainda de acordo com o delegado, o veículo não tinha as condições mínimas exigidas para transporte escolar: não havia sinalização externa, faltava o retrovisor central, e a manutenção estava inadequada.
O acidente
O caso aconteceu na última segunda-feira (2). Luyz, aluno da Escola Estadual Adalgiza Emídia Costa, usava diariamente o transporte escolar fornecido pela prefeitura de Carnaubais. No momento do acidente, ele estava sozinho com o motorista. Quando chegaram à comunidade de Tabatinga, onde o menino morava, o motorista percebeu que Luyz não estava mais dentro do veículo.
A família iniciou buscas e encontrou o menino caído em uma estrada de terra. Ele foi socorrido, levado ao hospital municipal, mas não resistiu. A investigação aponta que ele bateu a cabeça em uma pedra ao cair da van.
Providências
Em nota, a Prefeitura de Carnaubais lamentou o ocorrido e afirmou estar acompanhando as investigações. A gestão informou ainda que instaurou um processo interno para apurar possíveis falhas no serviço e garantiu que tomará as medidas necessárias caso sejam confirmadas irregularidades, como a ausência de habilitação do condutor ou problemas no veículo utilizado.
A prefeitura reafirmou o compromisso com a segurança no transporte escolar e com a responsabilização dos envolvidos.
Fonte: G1