A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7% no trimestre encerrado em março de 2025, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do aumento em relação ao trimestre anterior, quando estava em 6,8%, o índice representa o menor patamar já registrado para o primeiro trimestre desde o início da série histórica da pesquisa em 2012.

O crescimento da taxa de desocupação foi impulsionado pela entrada de 891 mil pessoas no mercado de trabalho, elevando o número total de desempregados para 7,7 milhões. Ainda assim, esse contingente é 10,5% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.​

A população ocupada recuou 1,3% em comparação com o trimestre anterior, totalizando 102,5 milhões de pessoas empregadas. No entanto, houve um aumento de 2,3% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.​

A renda média real habitual dos trabalhadores foi estimada em R$ 3.410, marcando um crescimento de 1,2% frente ao trimestre anterior e de 4% na comparação anual.​

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, “o bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Mesmo com expansão trimestral, a taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”.​

Analistas apontam que, embora o mercado de trabalho continue aquecido, há sinais de desaceleração econômica, o que pode impactar a geração de empregos nos próximos meses.