Ana Carolina Brites, de 27 anos, foi indiciada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) após realizar procedimentos estéticos irregulares que resultaram em deformidades graves em pelo menos quatro mulheres. Em um dos casos, a lesão foi considerada permanente.

Uma das vítimas relatou que o procedimento foi realizado sem qualquer análise prévia, sendo agendado no mesmo dia do primeiro contato. Segundo ela, a suposta biomédica fez apenas algumas perguntas pelo WhatsApp, sem uma ficha de avaliação criteriosa ou teste de alergia.

O valor cobrado também levantou suspeitas. De acordo com a polícia, o ácido hialurônico utilizado nesses procedimentos tem um custo médio de R$ 800 por ampola para uso profissional, enquanto a investigada realizava os preenchimentos por aproximadamente R$ 350.

Investigação Revelou Produtos Ilegais e Diploma Falso

A investigação teve início em setembro de 2024, após quatro mulheres denunciarem reações adversas aos procedimentos. Durante o cumprimento de mandados, a polícia encontrou na residência da investigada diversos medicamentos importados ilegalmente e de uso exclusivo para profissionais de saúde habilitados.

Também foi apreendido um diploma de estética emitido por uma faculdade de Campo Grande. Após análise pericial, constatou-se que o documento era falso.

Decisão Judicial Impede Atuação na Área Estética

Diante das evidências, a Justiça determinou que Ana Carolina está proibida de atuar na área estética. Ela foi indiciada por crimes de lesão corporal gravíssima, uso de produto sem registro na Anvisa, indução ao consumidor a erro e uso de documento falso.

O Ministério Público decidirá por quais crimes ela será formalmente denunciada. Caso seja condenada, as penas somadas podem ultrapassar 25 anos de prisão.

Fonte: Portal Metrópoles