O ex-presidente Fernando Collor de Mello deixou o presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, nesta quinta-feira (1º), após seis dias de detenção, para cumprir prisão domiciliar. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerando o estado de saúde do ex-mandatário.
Collor, de 75 anos, foi condenado em 2023 a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusado de receber aproximadamente R$ 20 milhões em propinas relacionadas a contratos de uma subsidiária da Petrobras. Sua prisão ocorreu em 25 de abril, no aeroporto de Maceió, quando se preparava para embarcar para Brasília.
A defesa do ex-presidente alegou que ele sofre de Parkinson, apneia do sono severa e transtorno bipolar, condições que, segundo os advogados, justificam a prisão domiciliar. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apoiou o pedido, destacando que a medida é “excepcional e proporcional” à idade e ao quadro clínico de Collor.
Durante sua estadia no presídio, uma sala da direção foi adaptada para acomodá-lo, atendendo às necessidades de saúde apresentadas. Agora, sob prisão domiciliar, Collor deverá utilizar tornozeleira eletrônica para monitoramento.
Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após o regime militar, assumindo o cargo em 1990. Em 1992, renunciou em meio a um processo de impeachment por corrupção. Posteriormente, foi eleito senador por Alagoas, cargo que ocupou até 2023, quando não conseguiu se eleger governador do