O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso pela Polícia Federal (PF) na madrugada desta sexta-feira (25), no aeroporto de Maceió (AL), quando se preparava para embarcar para Brasília (DF). Segundo sua defesa, ele estava a caminho da capital federal para se apresentar voluntariamente à Justiça e iniciar o cumprimento da pena de 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionados a irregularidades na BR Distribuidora.

A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o magistrado rejeitar os recursos apresentados pela defesa contra a condenação imposta em 2023, no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com fontes, Collor reagiu de forma tranquila à ação dos agentes da PF.

O ex-senador viajaria em um voo comercial, que sairia de Maceió às 4h50 com destino a Brasília, onde pretendia cumprir a decisão judicial. Ele estava acompanhado apenas de um segurança e foi conduzido a uma sala da Superintendência da PF em Alagoas, onde aguarda definição do STF sobre sua transferência para o Distrito Federal.

Defesa critica decisão do STF

Em nota, os advogados de Collor afirmaram que ele já se dirigia voluntariamente para Brasília quando foi abordado e preso. A defesa demonstrou “surpresa e preocupação” com a ordem de prisão emitida por Moraes, especialmente por ter sido tomada de forma monocrática, sem apreciação do recurso de embargos de infringência pelo Plenário da Corte.

Os advogados também alegam que houve prescrição da pena após o trânsito em julgado, e que o recurso não deveria ser considerado protelatório, já que, segundo a defesa, parte dos ministros reconhece sua legitimidade. Eles afirmam que o tema deveria ser analisado em sessão plenária extraordinária, já marcada para o dia seguinte.

A pena imposta a Collor foi resultado de investigação da Operação Lava Jato, que apurou esquemas de corrupção envolvendo contratos na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Fonte: Metrópoles