O juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu conceder liberdade provisória a Fabiana Vicente da Silva, de 36 anos, presa preventivamente após ser acusada de furtar aproximadamente R$ 150 mil em joias, eletrônicos e dinheiro da casa onde trabalhava como diarista, no Lago Norte.
Na decisão, o magistrado considerou o fato de a acusada ser mãe de crianças que dependem de seus cuidados. Apesar de reconhecer a gravidade das acusações, ele revogou a prisão preventiva e impôs medidas cautelares.
Entre as condições impostas, Fabiana deverá se apresentar mensalmente à Justiça para informar suas atividades, não poderá sair do Distrito Federal sem autorização e está proibida de manter contato com as vítimas ou testemunhas do caso. O juiz também alertou que o descumprimento de qualquer uma dessas determinações poderá resultar em nova decretação de prisão.
A identidade da diarista foi revelada pela coluna Mirelle Pinheiro, do portal Metrópoles. Segundo as investigações, essa não foi a primeira vez que Fabiana foi acusada pelo mesmo tipo de crime. Em agosto de 2024, ela teria furtado objetos de outra residência onde prestava serviços, no bairro Octogonal.
De acordo com o boletim de ocorrência, o prejuízo da família vítima no Lago Norte soma quase R$ 150 mil. Entre os bens subtraídos estão um anel de noivado avaliado em mais de R$ 40 mil, cerca de R$ 40 mil em dólares, brincos com pérolas e diamantes no valor de R$ 16,2 mil, além de joias, eletrônicos como iPhone, Macbook, tablet e até um videogame portátil.
As investigações apontam que os furtos ocorreram entre novembro de 2024 e março de 2025. A polícia também identificou que Fabiana usava dois números de telefone para se divulgar como diarista em grupos e redes sociais, o que dificultava o rastreamento de seu histórico profissional e facilitava novas contratações.
Além desse caso, a acusada já é investigada por suspeita de envolvimento em furtos em outras residências localizadas em Águas Claras e no Sudoeste, também no Distrito Federal.
A prisão de Fabiana foi realizada pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri). Ela responde por furto qualificado pelo abuso de confiança, crime que prevê pena de 2 a 8 anos de reclusão, além de multa.