O Censo 2022 do IBGE revelou, pela primeira vez, dados sobre o número de pessoas com autismo no Brasil — e o Rio Grande do Norte aparece com 37.625 registros. Isso representa 1,1% da população potiguar, taxa igual à da região Nordeste e um pouco abaixo da média nacional, que é de 1,2%.
Maioria entre crianças e meninos
No estado, os diagnósticos são mais frequentes entre meninos, que representam 1,5% da população masculina, enquanto entre meninas o percentual é de 0,8%. As faixas etárias com maior incidência são as iniciais: entre meninos de 5 a 9 anos, por exemplo, 4,2% têm diagnóstico de autismo.
Com o avanço da idade, os números caem progressivamente, ficando abaixo de 1% a partir dos 20 anos.
Natal lidera número de casos
A capital Natal concentra a maior quantidade de diagnósticos no estado, com mais de 10 mil pessoas. Mossoró, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante também aparecem entre os municípios com mais registros. Mossoró, inclusive, tem a maior taxa entre meninos: 1,9%.
Escolarização cai com a idade
A taxa de escolarização entre crianças e adolescentes com autismo no RN é alta, passando de 90% na faixa de 6 a 14 anos. Porém, os números caem drasticamente a partir dos 15 anos. Entre jovens de 18 a 24 anos, apenas um terço está na escola ou em algum curso. E entre os adultos com 25 anos ou mais, o índice fica abaixo de 10%.
Perfil racial e cor da população com autismo
A maioria das pessoas com autismo no RN se declarou parda (17.963), seguida por brancas (16.622), que apresentaram a maior taxa proporcional (1,3%). Apesar de em menor número, a população indígena tem a maior taxa proporcional de autismo (1,8%).