O deputado federal Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, manifestou sua preocupação e ceticismo em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir a escala de trabalho conhecida como 6×1. Essa escala é caracterizada por seis dias consecutivos de trabalho seguidos por um dia de folga.

Ao comentar a PEC, Motta enfatizou a importância da responsabilidade e da transparência no debate de temas de grande impacto social e econômico. Para ele, é crucial evitar a criação de expectativas que não poderão ser concretizadas. A frase “Não dá para ficar vendendo sonho sabendo que esse sonho não vai se realizar” resume seu posicionamento, indicando que, em sua avaliação, a proposta pode não ser viável ou sustentável em sua forma atual.

Motta argumenta que prometer o fim da escala 6×1 sem apresentar um plano concreto e viável para a sua implementação e sem considerar as possíveis consequências para os diversos setores da economia seria uma atitude irresponsável com o eleitorado. Ele defende uma abordagem mais realista e pragmática, baseada em análises técnicas e discussões aprofundadas sobre os impactos da medida.

A declaração do presidente da Câmara ocorre em um contexto de crescente debate sobre a jornada de trabalho ideal e a busca por melhores condições para os trabalhadores. A PEC que propõe a semana de quatro dias de trabalho reacendeu essa discussão, levantando questões sobre produtividade, custos para as empresas e bem-estar dos empregados.

Motta, ao se posicionar de forma cautelosa, sinaliza a necessidade de um debate mais amplo e aprofundado sobre a viabilidade e as implicações da proposta antes de qualquer decisão ser tomada no âmbito do Congresso Nacional. Sua declaração sugere que a aprovação da PEC pode enfrentar obstáculos significativos, dada a sua preocupação com a possibilidade de gerar expectativas irreais.