Na manhã desta terça-feira (27), a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, em parceria com a Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ), deflagrou a Operação Sócio de Papel. A ação teve como alvo um esquema de sonegação fiscal no setor de panificação, que atua com força econômica na Zona Sul de Natal.
Segundo os investigadores, o grupo vinha atuando há anos com um modelo que driblava a Receita Estadual, mascarando o verdadeiro dono das empresas para escapar do pagamento de impostos.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em imóveis ligados aos suspeitos. A Justiça também determinou o bloqueio de bens que somam até R$ 4,8 milhões — valor que corresponde ao prejuízo estimado causado aos cofres públicos.
Sócios no papel, lucro na mão de outros
De acordo com a investigação da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária (DEICOT), os responsáveis pelas fraudes usavam “laranjas” como sócios formais das empresas. Na prática, essas pessoas não tinham qualquer envolvimento real com os negócios. Enquanto isso, o verdadeiro dono se mantinha oculto, controlando tudo nos bastidores.
O nome da operação faz referência justamente a essa estratégia: colocar pessoas de fachada como “sócios de papel”, dificultando a ação dos órgãos de controle e a cobrança de tributos.
As investigações continuam, e os envolvidos poderão ser responsabilizados por crimes como sonegação fiscal e ocultação de patrimônio.