Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, organizou um protesto de grandes proporções no Rio de Janeiro após a prisão do amigo e também funkeiro Marlon Brandon Coelho Couto Silva, o MC Poze do Rodo. Imagens que circulam nas redes sociais mostram uma avenida totalmente bloqueada por motociclistas, com barricadas, fogueiras e fogos de artifício.
O protesto, realizado nesta quinta-feira (29/5), mobilizou centenas de pessoas em uma “motociata” liderada por Oruam, que é filho de Marcinho da VP — apontado como um dos chefes do Comando Vermelho (CV). A manifestação ocorreu poucas horas após a prisão de Poze, realizada por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e ganhou força nas redes com a promessa de ser “o maior rolê de moto da história do Rio de Janeiro pela liberdade do MC”.

Mesmo após alertas da mãe, a empreendedora Márcia Gama, para evitar se expor, Oruam seguiu publicando convocações para o protesto. “Para mostrar que o povo tem voz”, afirmou.
Reações nas redes e entre artistas
O ato ganhou apoio entre fãs e outros artistas da cena do funk e do rap. O rapper Major RD, por exemplo, classificou a prisão de Poze como “covardia” e criticou duramente a ação policial:
“Segurado pelo pescoço, como se fosse o maior traficante do Rio. É apologia cantar no baile? Se não fosse o Poze, seria outro. Vocês são safados, o baile acontece porque vocês recebem para isso.”
Outro nome que se posicionou foi MC Daniel Falcão, que ironizou o tratamento dado a Poze:
“Parece que foi ele que roubou o INSS. Nada vai apagar o brilho dele. Se usassem metade da disposição para prender quem realmente faz coisa errada, o Brasil seria de primeiro mundo.”
Entenda o caso
MC Poze do Rodo foi preso sob suspeita de envolvimento com o Comando Vermelho. Em documento obtido com exclusividade pelo portal Metrópoles, ele teria confessado fazer parte da facção criminosa. O funkeiro também é investigado por crimes como tortura e cárcere privado.
O caso gerou forte repercussão nas redes e escancarou a tensão entre a cena do funk carioca e os órgãos de segurança pública do Estado.
Fonte: Metrópoles