Polícia confirma que açaí consumido por bebê morta em Natal estava envenenado

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte confirmou nesta segunda-feira (5) que o açaí consumido pela bebê Yohana Maitê, de 8 meses, e por uma mulher de 50 anos, estava envenenado. O laudo pericial indicou a presença de substância tóxica no alimento, embora o tipo de veneno não tenha sido revelado. O documento ainda não foi divulgado publicamente.

O caso, que ocorreu em abril, está sendo tratado como envenenamento doloso. As investigações agora se concentram em identificar quem enviou o alimento como suposto presente para a residência das vítimas, localizada no bairro Felipe Camarão, na zona Oeste de Natal.

Entregas misteriosas

De acordo com a família, a residência recebeu três entregas em dias consecutivos. No dia 13 de abril, Geisa de Cássia Tenório Silva, de 50 anos, recebeu um urso de pelúcia e chocolates. Já no dia seguinte, chegou um açaí com granola — parte do qual foi consumido por ela e compartilhado com a bebê Yohana. Pouco tempo depois, ambas passaram mal. Yohana morreu a caminho da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Satélite, enquanto Geisa foi medicada e liberada.

No dia 15, Geisa acordou se sentindo bem, mas recebeu uma nova entrega de açaí. Ao consumir o alimento, voltou a apresentar sintomas graves em poucos minutos, como tremores, sudorese intensa e dificuldade para falar. Ela foi internada em estado crítico e passou vários dias na UTI, recebendo alta no dia 30 de abril.

Suspeita médica levou caso à polícia

Segundo Yago Smith, filho de Geisa, foram os próprios médicos que sugeriram à família acionar as autoridades, após identificarem sinais típicos de envenenamento. “Ela começou a suar muito, tremer, espumar. Eles desconfiaram de envenenamento”, relatou.

A Polícia Civil segue investigando a origem das entregas e o possível envolvimento de terceiros no envio dos alimentos contaminados.

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