O aumento expressivo na população de jacarés em um lago sazonal na praia de Maracajaú, município de Maxaranguape, na Região Metropolitana de Natal, tem gerado apreensão entre os moradores locais. Formado anualmente durante o período de chuvas, o lago está situado próximo a residências e a aproximadamente 500 metros de uma escola, elevando as preocupações quanto à segurança da comunidade.
Relatos de moradores indicam que os jacarés começaram a aparecer há alguns anos, mas a quantidade atual é sem precedentes. Há registros de animais invadindo propriedades, o que intensifica o temor da população. O professor Eider Santos, residente na região, estima que o número de jacarés possa ultrapassar 100 indivíduos, considerando a presença de outras lagoas nas proximidades.
A Secretaria de Sustentabilidade Ambiental de Maxaranguape informou que, há cerca de dois meses, solicitou apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) para lidar com a situação. O objetivo é obter a Autorização de Captura de Material Biológico (ACMB), essencial para realizar estudos técnicos que subsidiem ações de manejo e relocação dos animais para habitats apropriados.
O Ibama realizou uma visita técnica e um levantamento inicial, mas o estudo definitivo ainda não foi concluído. Além disso, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do RN está em reforma, o que limita as opções para a transferência dos jacarés. A Secretaria também tem promovido ações de conscientização para que os moradores evitem alimentar os animais, prática que pode contribuir para o aumento populacional e a aproximação dos jacarés às áreas habitadas.
Enquanto não são implementadas medidas efetivas, os jacarés continuam sendo avistados com frequência na região, aumentando a preocupação dos moradores com a segurança e o equilíbrio ambiental local.
Fonte: G1 RN
