População semelhante, investimento desigual: saúde em Parnamirim fica atrás de Mossoró

Apesar de terem populações praticamente equivalentes — Mossoró com 278 mil habitantes e Parnamirim com 269 mil — a diferença na estrutura de saúde pública entre os dois municípios é gritante. Um comparativo direto revela como Mossoró avança, enquanto Parnamirim permanece no básico.

UPAs (Unidades de Pronto Atendimento)

  • Mossoró: 3 UPAs funcionando 24h (bairros São Manoel, Santo Antônio e Belo Horizonte).
  • Parnamirim: Apenas 1 UPA (Nova Esperança) para atender toda a população.

Em Mossoró, o atendimento de urgência é descentralizado. Já em Parnamirim, há superlotação constante, relatos de falta de insumos, equipamentos quebrados e atrasos salariais para médicos e terceirizados.

UBSs (Unidades Básicas de Saúde)

  • Mossoró: 30 UBS (17 urbanas e 13 rurais).
  • Parnamirim: 29 UBS — número semelhante, mas com menos recursos.

Atendimento Especializado

  • Mossoró:
    • 2 Centros de Especialidades Odontológicas
    • 1 Centro de Reabilitação
    • Hospital Municipal São Camilo de Léllis (internações próprias)
  • Parnamirim:
    • Sem hospital municipal, dependendo da rede estadual para internações

Saúde Mental

  • Mossoró: 4 CAPS (2 tipo II, 1 tipo I, 1 de álcool e drogas), com rede de apoio funcional.
  • Parnamirim: Também declara ter 4 CAPS, mas não possui outras estruturas de suporte, o que limita o atendimento psicossocial.

A comparação escancara a fragilidade da gestão de saúde de Parnamirim, que parece alheia às necessidades reais da população. Com quase o mesmo número de habitantes que Mossoró, não há justificativa para tamanha defasagem em estrutura, serviços e capacidade de resposta.

Enquanto Mossoró constrói uma rede de saúde funcional, Parnamirim acumula queixas de má gestão, falta de estrutura, descaso com profissionais e risco à saúde pública. A população sofre com o mínimo e vê seus direitos básicos sendo negligenciados.

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