Quase cinco meses de trabalho só para pagar impostos no Brasil em 2025

Se você sente que trabalha muito e vê pouco retorno, os números confirmam: em 2025, o brasileiro médio vai precisar trabalhar até o dia 29 de maio só para pagar tributos. Isso representa 149 dias do ano dedicados exclusivamente a impostos cobrados pelos governos federal, estadual e municipal.

O dado é de um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que aponta uma carga tributária equivalente a 40,82% da renda média da população. Na prática, isso significa que quase cinco meses de trabalho são necessários apenas para quitar impostos sobre consumo, renda e patrimônio.

Impostos sobre consumo pesam mais no bolso

Entre os tributos, os que mais impactam são os cobrados sobre o consumo, que representam 22,73% da renda anual. É como se o brasileiro trabalhasse 83 dias por ano apenas para cobrir os impostos embutidos em produtos e serviços do dia a dia, como alimentos, energia, transporte e vestuário.

Por que a carga aumentou neste ano?

O número de dias subiu em relação a 2024, quando era de 4 meses e 28 dias. Segundo o IBPT, os principais motivos para o aumento foram:

  • Fim da desoneração do ICMS sobre combustíveis
  • Aumento do ICMS em diversos estados
  • Taxação de compras internacionais de até 50 dólares
  • Início da reoneração progressiva das folhas de pagamento

Como o Brasil se compara com outros países?

Mesmo com essa alta carga tributária, o Brasil está entre os países que menos retornam à população em qualidade de serviços públicos. Segundo o IBPT, entre as 30 nações com maior carga tributária, o Brasil oferece o pior retorno em saúde, educação, segurança e infraestrutura.

Veja abaixo o ranking completo dos dias trabalhados para pagar impostos em diferentes países:


Linha do tempo: quanto o brasileiro já trabalhou para pagar impostos?

Abaixo, veja como esse número cresceu ao longo das décadas:

Conclusão

Trabalhar quase metade do ano apenas para pagar tributos reforça a discussão sobre o que o brasileiro recebe em troca. O peso no bolso é real — e o desafio segue sendo transformar arrecadação em serviços públicos de qualidade.

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