RN tem mais pacientes aguardando UTI do que leitos disponíveis; estado abre 30 novas vagas

O Rio Grande do Norte enfrenta uma situação crítica na rede pública de saúde: nesta quarta-feira (14), o número de pacientes à espera por leitos de UTI superava a quantidade de vagas disponíveis nos hospitais.

De acordo com dados da plataforma Regula RN, que monitora em tempo real a ocupação hospitalar, 91 pessoas estavam na fila por um leito de UTI, enquanto apenas 53 estavam disponíveis no fim da manhã.

Diante da alta demanda, o governo estadual anunciou a abertura de 30 novos leitos de UTI. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o aumento da procura é resultado do crescimento “exponencial” de casos de doenças respiratórias.

“Estamos diante de uma emergência sanitária. O número de pacientes aguardando UTI é muito alto”, declarou o secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta.

A gravidade da situação ficou evidente no início da semana, quando uma mulher de 55 anos faleceu na UPA Nova Esperança, em Parnamirim, enquanto aguardava transferência para um leito de UTI (veja no vídeo abaixo).

Para tentar controlar o cenário, o estado contratou 30 novos leitos, distribuídos da seguinte forma:

  • 10 leitos no Hospital da Mulher, em Mossoró
  • 10 leitos no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal
  • 10 leitos no Hospital Rio Grande (rede privada), também em Natal

No Giselda Trigueiro, os leitos devem estar disponíveis até o fim de semana.
No Hospital da Mulher, a previsão é que todos os leitos estejam prontos até a próxima quarta-feira, e funcionarão de forma permanente.

Nas duas unidades públicas, a Sesap informou que está organizando a instalação dos equipamentos e contratando profissionais. No Giselda, obras na parte elétrica também estão em andamento.

Já no Hospital Rio Grande, da rede privada, existe a possibilidade de expansão para mais 10 leitos, totalizando 40 UTIs em caráter emergencial.

Doenças respiratórias causam alta na demanda

O secretário Alexandre Motta explicou que o aumento da demanda está diretamente ligado ao avanço de doenças respiratórias, que são sazonais e se intensificam em determinadas épocas do ano.

“Estamos com um número elevado de casos respiratórios neste período. Isso gerou um represamento de pacientes que já deveriam ter sido atendidos”, afirmou.

A Sesap confirmou que as doenças respiratórias são atualmente a principal causa de internação em leitos da rede pública.

Diante do “momento crítico”, como definiu o secretário, o governo optou pela rápida ampliação da estrutura de UTIs para atender à população.

Fonte: G1

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