O grave acidente ocorrido na noite da última terça-feira (16), na BR-304, envolvendo um veículo onde estavam a prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz, e seu assessor Yann Silva, terminou em tragédia com a morte de um bebê de 4 meses que no colo de sua mãe atravessava a rodovia. A fatalidade, que deveria ser tratada com respeito e sensibilidade, rapidamente passou a ser explorado politicamente nas redes sociais, gerando revolta entre amigos e familiares.
Em nota publicada em seu perfil pessoal, Yann Silva desabafou sobre o ocorrido, lamentando profundamente o acontecido e rebatendo especulações e acusações infundadas que começaram a circular. Segundo ele, o motorista tentou desviar da vítima, que atravessou a pista de forma repentina, mas não conseguiu evitar a colisão. O teste do bafômetro feito pela PRF comprovou que o condutor não havia ingerido bebida alcoólica. Não houve ultrapassagem nem imprudência, de acordo com as informações oficiais.
Ainda segundo Yann, após o impacto, o motorista sinalizou a via para evitar outros acidentes, acionou o SAMU, a PRF e a polícia, e permaneceu no local em todo momento. Ele ainda se prontificou a prestar depoimento, mas foi informado de que as informações colhidas no local já eram suficientes para o laudo.
O tom do desabafo é de indignação diante do uso político da tragédia. “É muito difícil ler comentários sensacionalistas, inverdades e ataques nesse momento”, escreveu. Todos então em luto e desolados com tudo que aconteceu.
O episódio levanta um debate: até que ponto vai a disputa política? Quando o embate ultrapassa os limites do respeito à vida e à dor alheia, é sinal de que algo precisa ser repensado. A tragédia na BR-304 não pode ser reduzida a um instrumento de ataque pessoal e político. É hora de refletir sobre o papel da empatia, do respeito e da responsabilidade nas falas públicas, sobretudo em momentos tão delicados.