Três empresários foram presos nesta terça-feira (20), no Aeroporto Internacional de Brasília, com mais de R$ 1,2 milhão em espécie. Agora, a Polícia Federal investiga se o grupo veio à capital com a intenção de negociar pagamentos ilegais a políticos ou servidores públicos.
Os suspeitos, que partiram de Manaus (AM), alegaram que o destino final era Goiás, onde comprariam materiais para suas empresas. Porém, a PF desconfia da versão. Segundo as investigações iniciais, as empresas do trio podem ser de fachada, criadas apenas para simular legalidade e firmar contratos suspeitos com prefeituras.
A presença deles em Brasília levantou ainda mais suspeitas por coincidir com a Marcha em Favor dos Municípios, evento que reúne gestores de várias cidades — inclusive do Amazonas. A PF apura se o dinheiro seria usado para propinas durante o encontro.
A Polícia Federal investiga o crime de lavagem de dinheiro, que pode levar a penas de até 10 anos de prisão. Os investigadores querem descobrir tanto a origem do valor quanto o possível destino da quantia, além de identificar se há envolvimento de mais empresários ou agentes públicos.
As empresas ligadas aos presos apresentam uma variedade ampla de atividades cadastradas, mas já foram encontradas várias inconsistências, o que reforça a suspeita de fraude.
Após o flagrante, o trio foi levado para a superintendência da PF e segue à disposição da Justiça do Distrito Federal.
Fonte: Metrópoles