Se você está pensando em tirar a primeira CNH nas categorias A (moto) ou B (carro), fique ligado: um projeto de lei pode tornar obrigatório o exame toxicológico para esses motoristas também.
Atualmente, esse exame só é exigido para quem dirige caminhões, ônibus e veículos profissionais (categorias C, D e E). Mas se o Projeto de Lei 3965/21 for aprovado, a demanda por esse teste pode crescer até 60%, segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).
O que é o exame toxicológico?
É um teste feito a partir da análise de cabelos ou pelos corporais, que consegue detectar o consumo de drogas nos últimos meses — até 90 dias, dependendo da região de coleta. As substâncias mais comuns encontradas são cocaína, maconha, anfetaminas e opiáceos.
A coleta é feita por profissionais treinados em postos especializados, em regiões como braço, perna, tórax, axila e região pubiana. Para garantir a segurança e a confiabilidade, a amostra é lacrada em dois envelopes: um para análise inicial e outro para contraprova, caso o resultado seja contestado.
Como funciona o processo?
Após a coleta, o laboratório abre o primeiro envelope para análise. Se o resultado for negativo, o exame é liberado. Se der positivo, o laboratório faz uma segunda análise para confirmar. O segundo envelope só é aberto em caso de dúvida ou decisão judicial.
O que isso significa para você?
Se a lei for sancionada, quem quiser tirar a CNH A ou B vai precisar se submeter a esse exame, aumentando a segurança nas ruas e reforçando a fiscalização contra o uso de drogas entre motoristas iniciantes.
Atualmente, a taxa de exames positivos sem justificativa gira em torno de 1,37% no país.